Sem preservativo

Daniel Alves não usou camisinha e vítima toma antiviral

Afirmação é da advogada da mulher que acusa o jogador de estupro

Defesa da vítima informa que tem medo de sua identidade seja revelada
Defesa da vítima informa que tem medo de sua identidade seja revelada |  Foto: Reprodução/Instagram

A advogada da vítima que acusa o jogador Daniel Alves de estupro, Ester García Lopez, afirmou que o jogador não usou preservativo na noite do suposto crime. Ester García concedeu entrevista exclusiva para o site 'UOL Esporte', no qual afirma que sua cliente teme ter sua identidade revelada e que a mulher não conseguiu ter uma noite de sono desde que foi abusada pelo jogador, em dezembro de 2022.

Segundo a advogada, sua cliente vem passando por tratamento psiquiátrico para conseguir amenizar suas noites de insônia, passou a usar medicações antivirais para evitar infecções sexualmente transmissíveis e foge de qualquer conteúdo em sites e televisão que envolva o crime ocorrido.

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"Ela está recebendo apoio psicológico por meio de uma entidade pública especializada em tratar vítimas de violência. O hospital prescreveu todo um tratamento dirigido a evitar qualquer tipo de doença infecto-contagiosa, porque não foi utilizado nenhum preservativo. Ela também tem um tratamento farmacológico com ansiolíticos para dormir, mas me disse que não consegue desde o depoimento", informou Ester.

"Por sorte, ela saiu da discoteca de ambulância e foi direto para a Unidade Central de Agressão Sexual (Ucas). Então, diferentemente do que acontece com a maior parte das vítimas de violência sexual, que, por nojo, lavam suas roupas íntimas, ela não teve tempo de pensar nisso. Ela foi atendida rapidamente, enquanto os indícios permaneciam lá", revelou a advogada.

Ainda de acordo com a advogada, a mulher não tomou nenhuma bebida alcoólica na noite do suposto crime, o que facilitou suas lembranças do caso.

"Ela deu um depoimento conciso, sem qualquer contradição, e isso é raro. Muitas mulheres sofrem de estresse pós-traumático e esquecem detalhes, se lembram depois, e isso não invalida a verdade. Mas no caso dela, isso não aconteceu. Ela se lembrava de tudo, do início ao fim. Isso, junto à possibilidade de fuga por parte do senhor Alves, que tem uma condição financeira favorável e dupla nacionalidade, foram determinantes para a prisão", disse Ester García. 

Ester acredita que a forma com que o caso foi anunciado, junto com a prisão preventiva do jogador de futebol famoso, mostra que isso será um divisor de águas nos processos de violência sexual na Espanha e em outras partes do mundo.

"Independentemente de como acabe o caso, para mim já é um caso exemplar por como começou. Há alguns personagens públicos que se acham acima do bem e do mal, que acham que ninguém nunca acreditaria em uma garota como minha cliente. Há muitas mulheres que não denunciam quando se trata de um personagem público por causa da dificuldade em nível emocional e judicial. Mas acho que neste caso, acabe como acabe, espero que acabe com uma condenação, a prisão sem fiança já é exemplar”, declarou a advogada.

Através da assessoria de imprensa, Daniel Alves negou que tenha violentado sexualmente a vítima e ainda afirmou que a defesa do jogador tem até quinta-feira (26) para apresentar algum recurso.

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